Assim,
Se ainda não conhecem, vale a pena ouvir a entrevista e ouvir cantar o Fado em mandarim e em português, por esta tão especial fadista - Cao Bei
A complementar o verbete no Fadocravo, a interpretação, por Tino Ferreira, do fado "Amor de pai", uma letra de Armando Neves
De Carlos Conde e Casimiro Ramos, Maria de Fátima interpreta "Ceia fadista", acompanhada pelas guitarras de António Parreira e de Armandino Maia, a viola de Francisco Gonçalves e a viola-baixo de José Mª de Carvalho
"Conheci no Ribatejo / aquele moço forcado / primeiro disse um gracejo / à tarde atirou-me um beijo / à noite pediu-me um fado // Porém, na ceia fadista / à moda ribatejana / ele, num ar de conquista / namorava muito à vista / os olhos duma cigana // Então, já sentindo o lume / de paixões abrasadoras / fui cantar sem azedume / só p'ra mostrar que há ciúme / num amor de poucas horas // Cada vez que ele a fitava / ia sempre a olhar p'ra mim / mas nem ela imaginava / nem eu própria acreditava / que a cena estava no fim // Mas, após tudo acabado / outra voz chamou-lhe seu / ambas iguais neste fado / nem ela foi do forcado / nem o forcado foi meu"
É caso p'ra dizer "Não há uma sem duas, nem duas sem três"..."E esta, hem?!"
Acompanhado pelo Conjunto de Guitarras de Jorge Fontes, Manuel de Jesus interpreta "Perdi o meu coração", de Lopes Victor e de Carlos da Maia
Uma tarde, na "Mexicana", onde fui lanchar com o José Manuel Osório, agradeceu-me ele este vídeo de que "tinha gostado muito" e ilustrava bem o seu sentir.
Nunca fomos íntimos e nem amigos de convivência regular; encontráva-mo-nos esporadicamente, quase sempre "por acaso". Aconteceu a última vez há alguns meses, na Alameda, e ali estivémos um bom bocado à conversa, com a nossa comum amiga Mariana Silva, que ele muito estimava, "não mais já se vê do que à sua (nossa) queridíssima Fernanda Maria", como eu gostava sempre de ironizar... :-) Foi com o costumado entusiasmo que me falou do trabalho que então estava a desenvolver acerca da História do Fado e da investigação documental que estava a efectuar na Torre do Tombo. Eu escutava-o e sentia-me (ainda mais) pequenina e fraca; aquele Homem passou os últimos 27 anos de vida a ilustrar o que é um verdadeiro Lutador! Quantos de nós, por bem menos, soçobramos!... Por certo, perdemos um investigador dedicado e amante do Fado que ele próprio interpretava pessoalissimamente, destacando eu esta interpretação deste excelente fado, de entre todo o seu restante repertório.
O Zé Manel vai fazer-me falta, como, afinal, nos faltam todos os que queremos e admiramos pelo seu trabalho e integridade.
"José Manuel Osório é mais um nome incontornável no fado, não só como fadista, mas também como investigador e estudioso do Fado, com obra editada. Este fado, que lhe ouvi cantar, emocionada, há já alguns anos, numa noite, no "Tostão", continua a ser um dos meus preferidos, não só pela belíssima letra de José Luís Gordo, que tão bem tratou este tema tão difícil, como pela feliz escolha desta música de Joaquim Campos, como ainda pela superior interpretação de J. M. Osório. " (verbete de 9.Out.2008, no Fadocravo).
Em sua Homenagem, meu Amigo!
Isaura Gonçalves, que em 1954 era já uma "promessa" no Fado, faz-se ouvir na "Parreirinha de Alfama", de cujo elenco faziam então parte a consagrada Berta Cardoso e o notável Júlio Vieitas. Aqui a lembro hoje, interpretando esta belíssima "Nostalgia do Fado", de António Mestre e de José M. Rodrigues, acompanhada à guitarra por A. Chainho e Fernando de Freitas e, à viola, por J. Mª Nóbrega e Raul Silva.
Um fado da autoria de F.B.Rodrigues e de M. Figueiredo, interpretado por Emílio dos Santos
"Quando a meu peito encostada / Seguro a minha guitarra / Faço tal qual a cigarra / Canto cantigas mais nada / O nosso fado que dizem ser fatalista / Nele tenho devoção, sou fadista / E canto com o coração "
De J.Vasconcellos e Sá e de Franklin Godinho, este "Sorriso" na voz de António Pinto Basto, acompanhado pelo Conjunto de Guitarras de António L. Gomes
À guitarra: José Nunes e Francisco Peres, à viola: Humberto Andrade, na viola-baixo: Raúl Silva, acompanham Anabela Silva que interpreta um fado de Artur Ribeiro e Miguel Ramos - "Atalhos proibidos".
Lá diz o povo que "quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos"; demais, proibidos... "Pode chegar ao fim e não ter nada!"
Ilust. 1930 (do filme "Lisboa", de Leitão de Barros)
Muitos outros fadistas houve que, de profissão, tinham esta arte; dum, particularmente, me lembro agora, Rei no Fado - Fernando Maurício, "O Rei sem coroa" como o intitulou Diogo Varela Silva no documentário que fez acerca da vida e obra desse enorme quão genuíno fadista.
Séc. Ilust. 1948
Inevitavelmente, à noite, jantar e fados, na Adega Machado. Cantou, por certo, a Mª de Lourdes Machado, sabe-se lá se algum destes fados
http://fadocravo.blogspot.com/search/label/M%C2%AA%20de%20Lourdes%20Machado
e, aposto, a sua (dela) comadre também teve que assistir... Talvez a "Menina Lisboa"