Presentemente, anda por aí tanta gente a assassinar o Fado, que cada vez mais me apetece apenas ouvir os antigos...
E tantos que renegaram o Fado, tantos que o apoucavam e a quem dele gostava, agora são os maiores, agora todos sempre amaram a Canção Nacional e sabem tudo... Nesse tempo, em que o cachet não era o mais importante, os fadistas reuniam-se e cantavam por gosto; nem interessava a quem dele agora faz filão dourado...; sim, agora que o Fado dá fama e proveito, todos são fadistas...
Parabéns!, mas não deixem de consultar a Fadoteca; pode ser que por lá descubram coisas muito interessantes!...
Entretanto, fiquem-se com este fantástico "Nos tempos em que eu cantava", de Fernando Teles e de António Rosa Sapateiro, na interpretação maior do nosso Alfredo Marceneiro.
2 comentários:
Cara amiga.
Nos tempos em que ouviamos fado...
Beijos e obrigado pelo que tem dado ao Fado.
Vítro Marceneiro
Continua a manter o Fadistas como eu sou? Muito bem! Sempre foi o meu preferido...
Anda algo pessimista, mas também os tempos actuais são outros. As pessoas naquela altura (anos 20-70) viviam numa pobreza desgraçada.
Quem se fazia fadista e conseguia sustentar a família era uma benção. Estou a lembrar-me do caso do Fernando Maurício.
Mesmo com a crise, as coisas não são como eram... e penso que isso também influenciou um bocadinho a forma de se estar no fado. O fado agora ganhou outro valor. Não perdeu os valores antigos, mas adaptou-se. Acho que há um fado da Hermínia Silva que fala precisamente nisso. E do Tristão da Silva, no Quem Acode à Mouraria "Não faças tanto alarido/ E deixa entrar o progresso / Mas toma bem sentido / Somente um favor te peço / Guarda a guitarra contigo / P'ra lembrares um velho amigo".
Beijo
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