sexta-feira, setembro 21, 2012

FILIPE DUARTE - "Palco desmantelado"



Acompanhado à guitarra por Jorge Fontes e à viola por José Mª Nóbrega, Filipe Duarte interpreta, de João Linhares Barbosa, no Fado Meia Noite, "Palco desmantelado"
"...
De noite, ninguém se afoite / Andar ali à vontade / Porque nas sombras da noite / Passa um fantasma - a saudade"

Nascido em 28 de Outubro de 1934, no Bairro da Ajuda, em Lisboa, Filipe Duarte entrou no meio do fado pela mão do grande Linhares Barbosa, que o apresentou a Lucília do Carmo, que gostou de o ouvir e o convidou para ficar a cantar no seu restaurante típico "O Faia", isto nos finais dos anos cinquenta. Depois, a convite de Argentina Santos, integrou o elenco da "Parreirinha", onde esteve durante vários anos, e daí, atendendo a várias solicitações, trabalhou durante os anos seguintes em grande parte das casas de fado de Lisboa, mas também no Porto, tendo efectuado várias digressões ao estrangeiro, onde, para além de espectáculos pontuais, trabalhou temporadas em restaurantes ("O Fado", em Madrid, "O Solar dos Fadistas", em Angola, "Restaurante Abril em Portugal", em S. Paulo) e no Casino de Macau; também as tournées se foram sucedendo, à Roménia, Estados Unidos, Canadá, Tunísia..., tendo actuado em vários programas de Televisão, não só em Portugal, mas também em França, Brasil, Estados Unidos e Canadá.
No bairro em que nasceu, abriu, em 1989, a sua própria casa de fados, o "Solar do Fado" que manteve a funcionar até 2001.
Fadista que já é da "velha guarda", em 2011 integrou o espectáculo Proscritos.
Presentemente, essa alma fadista, que uma voz singular tão bem veste, continua a dar fado nas noites de Lisboa, para gáudio de todos os que amam o Fado.
O 4FadoLisbon encontrou Filipe Duarte no Restaurante Bar "Nini" (à Rua D. Francisco Manuel de Melo, nº 36-A, em Lisboa, com fado "vadio" às 5ªs) e registou-o assim, para memória futura


Calçada da Glória

(Dados biográficos, fotos e recorte de jornal fornecidos pelo próprio Filipe Duarte, em Set. 2012)

quarta-feira, setembro 19, 2012

LUIZ GOES - "Fado do Estudante"

De Lisboa a Coimbra, o Fado; de xaile e lenço ou de capa e batina, o Fado - o cantar português; nem sempre triste, mas sempre com sentimento; o pulsar do coração nas cordas de uma guitarra...

Morreu ontem um dos expoentes máximos do Fado de Coimbra, Luís Goes. Em sua homenagem, aqui o lembro interpretando o "Fado do Estudante" (Vicente Arnoso / Fernando Machado Soares), cuja primeira quadra, de que gosto particularmente, diz assim: "Fecha os olhos de mansinho / Não os abras para ver / Que a vida, de olhos fechados / Custa menos a viver" 

(Fotos daqui)

terça-feira, setembro 11, 2012

domingo, setembro 09, 2012

GERMANO ROCHA

Plat.74

Parece-me preciosa a informação que encontrei No Bairro do Vinil acerca deste esquecido fadista.
Deixo-vos com esta interpretação muito curiosa do Adeus Mouraria, de Artur Ribeiro, um fado de Lisboa a soar a Coimbra, por Germano Rocha



sexta-feira, agosto 31, 2012

MAX - "Tenho saudades de mim"

De Fernando Peres e de Júlio Proença, Maximiano de Sousa, mais conhecido por MAX, interpreta "Tenho saudades de mim"

...
"Da Madeira trouxe a esperança
do meu sonho de criança
tudo por querer ser assim
Numa saudade esquecida
numa alegria perdida
tenho saudades de mim"

sábado, agosto 18, 2012

sábado, agosto 11, 2012

ANTÓNIO DOS SANTOS - "Recordando"



O fado-balada "Recordando" tem letra e música de A. Veloso R. Camelo e de António dos Santos, que também o interpreta.
A propósito, há por aí quem entenda que chamar "letra" às palavras de um fado é, de algum modo, menorizar um texto que antes devia chamar-se poesia... Pois eu penso absolutamente o contrário - chamar "letra" às palavras de um fado é simplesmente marcar a diferença entre um e outro texto, cujas técnica e finalidade são, por certo, diferentes... Não é este o momento, nem o sítio para me alongar mais sobre o assunto; apenas queria dizer que, em minha opinião, há no Fado imensas letras extraordinárias, que muitos poetas gostariam mesmo de assinar por baixo, e que devem continuar a ser assim designadas, quanto mais não seja para marcar essa diferença essencial entre os textos poéticos...  Em suma, há a poesia, a prosa poética e a letra, que é aquele texto que se escreve para Fado, a isso adequado na sua forma e conteúdo, um modo de escrever e sentir tão português como o Fado, inacessível até a muitos poetas... Por isso, também gosto de dizer "letristas", que é uma forma tão maior, tão mais próxima e genuína de cantar a vida, o dia-a-dia, de celebrar com palavras simples a complexidade dos sentimentos... A letra deste fado-balada é bem o exemplo disso... tão simples, não é? Tentem escrever assim e verão... Talvez pela dificuldade, nunca houve muitos poetas a escrever para Fado; lembro, por exemplo, o David Mourão-Ferreira, além do mais um académico, apenas para vos desafiar a tentarem estabelecer duas (im)possíveis comparações- entre as suas poesias e as suas letras e entre as suas letras e as de João Linhares Barbosa; aí têm no que difere um poeta dum letrista! É que, letristas, apenas portugueses e no Fado. Por isso, deixem que se continue a chamar letra às palavras do fado e letrista a quem as escreve e tenham orgulho nisso, de sermos únicos e tão bons!
Pena é que tenhamos agora tanta falta de letristas e tantos poetas a escrever para fado umas coisas que ninguém percebe porque não dizem seja o que for; nem são letras, nem são poemas, escritos por quem nem sabe ser letrista nem poeta... umas "coisas" que ninguém mais lembra, que nem chegam a entrar no ouvido que, como órgão muito sábio que é, nem sequer as deixa entrar... Por alguma razão andam os fadistas de agora agarrados a repertórios antigos, cantados, recantados, mas sempre a agradar. Essa é que é essa!...


António dos Santos Caio Castanheira, que adoptou o nome artístico de António dos Santos, nasceu no Hospital de São José, freguesia do Socorro, a 14 de Março de 1919. ... (daqui)

sexta-feira, agosto 03, 2012

TUCHA MASCARENHAS - "Xaile franjado"



"...
Não é em traje de baile
que uma fadista de raça
canta a tristeza dum povo

...
Que o xaile da cantadeira
é o supremo baluarte
do Fado de Portugal"

sábado, julho 28, 2012

EURICO PAVIA - "Meu Fado eterno"


Eurico Pavia, natural de Cabeço de Vide - Fronteira, canta o fado desde 1971, tendo actuado em diversas Casas de Fado em Portugal, nomeadamente na "Adega Machado" e na "Adega Mesquita", mas também no estrangeiro - Brasil, Nova Iorque, Dallas, Texas, Bélgica e Holanda; é ainda de assinalar a sua presença, durante uma semana, no certame da Expo 98 e a sua participação em alguns programas televisivos. 
Presentemente, continua a deixar-se ouvir em alguns sítios de fado e, hoje, é aqui lembrado com um fado da autoria de Castro Infante  e de Jorge Fontes - "Meu Fado eterno".


quinta-feira, julho 26, 2012

"O Rouxinol do Minho"

Plat.

Representante do fado de Coimbra na Exposição do Mundo Português, em 1940, ao lado de Ercília Costa, que representou o fado de Lisboa

terça-feira, julho 17, 2012

EMÍLIA REIS - "A Roda da Vida"

Plat.74


Com o fado "A Roda da Vida" lembro e homenageio a fadista Emília Reis, que o interpreta e reparte a autoria do mesmo com Manuel Guiomar. A fadista pertenceu, durante algum tempo, ao elenco do "Timpanas" e, salvo erro, foi a criadora do "Ovelha Negra".

quarta-feira, julho 11, 2012

DARIO DE BARROS

D.L.1963


Plat.74


Com um currículo muito interessante, Dário de Barros, a quem chamaram "o actor do fado", é, porém, pouco ou nada lembrado entre nós...
Aqui fica este vídeo de lembrança e homenagem a mais um famoso "desquecido"
De Frederico de Brito e Lopes Teixeira, Dário interpreta "Deixa que eu cante o meu fado"


sábado, julho 07, 2012

ANA MADALENA - "Sagrada mentira"


Comecei muito nova nas cantigas. Dos 10 aos 18 anos frequentei diversos lugares de Fado, chamado Fado Vadio que se exibia em tasquinhas e associações recreativas. Logo adiante, pela primeira vez cantei acompanhada à guitarra e à viola. Após um programa de rádio (Revelação) em que intervi com grande agrado, decidi profissionalizar-me e a partir daí nunca mais parei de cantar. Aos meus queridos amigos Neca Rafael e Fernando Gomes agradeço o sincero estender de mão que me proporcionaram.

Actuei por todo o país em numerosos espectáculos. Trabalhei em restaurantes típicos de Lisboa, numa dúzia deles e nos mais conceituados então, como na «Severa», no «Timpanas», «Tipóia» e «Fragata Real». Digressei por Angola, Madeira, Espanha e França. Participei em programas de televisão e actuei em casinos, além de ter perpassado por todas as casas típicas do Porto.

Para continuar a ler aqui



"Sagrada mentira", de Jaime Santos e D.R., é o fado que Ana Madalena interpreta, acompanhada por Francisco Carvalhinho, António Chaínho, Carvalhinho Jr. e José Maria Nóbrega.

quarta-feira, julho 04, 2012

MONIZ TRINDADE

Plat.


Moniz Trindade interpreta "O fala-barato", de António José e Martinho d'Assunção. Um tema sempre actual...

Plat.