sábado, julho 16, 2011

segunda-feira, julho 11, 2011

ISAURA GONÇALVES - "Nostalgia do Fado"



Isaura Gonçalves, que em 1954 era já uma "promessa" no Fado, faz-se ouvir na "Parreirinha de Alfama", de cujo elenco faziam então parte a consagrada Berta Cardoso e o notável Júlio Vieitas. Aqui a lembro hoje, interpretando esta belíssima "Nostalgia do Fado", de António Mestre e de José M. Rodrigues, acompanhada à guitarra por A. Chainho e Fernando de Freitas e, à viola, por J. Mª Nóbrega e Raul Silva.

sábado, julho 09, 2011

O encanto misterioso de Al-fama e da Moura-ria


Ilust.
Dois bairros marcados pela Arte mourisca que perdura no Fado, na guitarra, na navalha e mesmo no tipo do Fadista tradicional...

domingo, julho 03, 2011

EMÍLIO DOS SANTOS - "Velha cantiga"




Um fado da autoria de F.B.Rodrigues e de M. Figueiredo, interpretado por Emílio dos Santos


"Quando a meu peito encostada / Seguro a minha guitarra / Faço tal qual a cigarra / Canto cantigas mais nada / O nosso fado que dizem ser fatalista / Nele tenho devoção, sou fadista / E canto com o coração "

sexta-feira, julho 01, 2011

VALENTINA FÉLIX - "A rua do meu fado"

"A rua do meu fado", de Lopes Victor e de Martinho d'Assunção, é o fado que escolhi para lembrar Valentina Félix, acompanhada por Francisco Carvalhinho e Jorge Fontes, à guitarra, e por Martinho d'Assunção, à viola.



quinta-feira, junho 30, 2011

ANTÓNIO PINTO BASTO - "Sorriso"







De J.Vasconcellos e Sá e de Franklin Godinho, este "Sorriso" na voz de António Pinto Basto, acompanhado pelo Conjunto de Guitarras de António L. Gomes

terça-feira, junho 28, 2011

ANABELA SILVA - "Atalhos proibidos"







À guitarra: José Nunes e Francisco Peres, à viola: Humberto Andrade, na viola-baixo: Raúl Silva, acompanham Anabela Silva que interpreta um fado de Artur Ribeiro e Miguel Ramos - "Atalhos proibidos".


Lá diz o povo que "quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos"; demais, proibidos... "Pode chegar ao fim e não ter nada!"

segunda-feira, junho 13, 2011

Eduardo Dôres - o sapateiro fadista



Ilust. 1930 (do filme "Lisboa", de Leitão de Barros)


Muitos outros fadistas houve que, de profissão, tinham esta arte; dum, particularmente, me lembro agora, Rei no Fado - Fernando Maurício, "O Rei sem coroa" como o intitulou Diogo Varela Silva no documentário que fez acerca da vida e obra desse enorme quão genuíno fadista.

segunda-feira, maio 30, 2011

A JÚLIA florista


O Dom. Ilust. 1925

Eis aqui a notícia da morte da "última fadista", a Júlia florista, grande aficionada e muito estimada no meio tauromáquico.
Vamos recordá-la com o fado que leva o seu nome, da autoria de Leonel Vilar e de Joaquim Pimentel, na interpretação de Maria José Villar.






quarta-feira, maio 25, 2011

"O Fado e as Toiradas em Portugal"





É esse o título dum curioso livro, editado em Portugal nos anos 60 (1968-1969?), com texto em português, francês, inglês e espanhol, da autoria de A. Martins Rodrigues e colaboradores, particularmente destinado "aos portugueses espalhados pelo mundo" que "não podem saber que as virtudes da raça se mantém ainda na religiosidade com que escuta o fado ou na intrepidez com que a juventude enfrenta toiros - os toiros que só se criam sob o sol bendito da Península".

Está claro que foi, entre outros, um documento da Propaganda, dirigido aos estrangeiros, tentando captar turistas aos quais se pretendia vender um país quente e luminoso com tradições únicas e inusitadas, que mantinham a sua genuinidade, embora fossem quase tão antigas como o mundo...

Pese embora o caracter comercial da obra e algumas imprecisões que contém, mais me parece importante sublinhar o mérito que a obra então terá tido de lembrar, a uns e dar a conhecer, a outros, algumas das muitas riquezas culturais que Portugal tinha para oferecer aos estrangeiros de fora e de dentro... Muito ilustrado (embora maioritariamente a preto e branco) como convém ao género, é de agradável consulta. Para além do Fado e da Tourada, não foram esquecidos, os Monumentos, Paisagens, o Folclore, o Artesanato e os Vinhos do Porto.

Aqui vos deixo as páginas que se referem à "Parreirinha de Alfama", sob a gerência de Argentina Santos, que sempre primou por ter um elenco de luxo, casa já então muito frequentada por estrangeiros, onde se comia e fadistava muito bem até de madrugada...

Ora escutem

Maria da Fé canta o "Fado de Alfama", uma letra de Torcato da Luz no Fado Nuno






Seguidamente, Natalino Duarte com "Maldição", de Fernando Farinha e H. Lourenço





Natércia da Conceição
e "É noite na Mouraria", de António Mestre e de José M. Rodrigues




"Ontem e hoje" é o fado, da autoria de Raul Dias e José Inácio, que Francisco Martinho interpreta




Agora, a pedido de várias famílias, Lina Mª Alves faz-se ouvir no seu conhecido "A mim jurou-me também", com letra do dono da casa, o Alberto Rodrigues, música de A. dos Santos





A fechar o programa, Argentina Santos brinda-nos com "A grandeza do Fado", de Clemente Pereira e Jaime Santos

sábado, maio 14, 2011

AMÁLIA RODRIGUES - Mª DE LOURDES MACHADO



Séc. Ilust. 1948



Inevitavelmente, à noite, jantar e fados, na Adega Machado. Cantou, por certo, a Mª de Lourdes Machado, sabe-se lá se algum destes fados
http://fadocravo.blogspot.com/search/label/M%C2%AA%20de%20Lourdes%20Machado









e, aposto, a sua (dela) comadre também teve que assistir... Talvez a "Menina Lisboa"






terça-feira, maio 10, 2011

PACO BANDEIRA - Sei e não sei



Por falar em Procissão...

"Olha à tua volta, com atenção, e o que é que vês, o que é que vai na Procissão?..."
Se quer saber a resposta, oiça o Paco, com atenção e, se gostar, pode ouvir mais no CanalCantiga, do Paco, no YouTube.
Parabéns!

sábado, abril 30, 2011

JOSÉ FREIRE - "Os Feiticeiros"



José Freire interpreta, no Mouraria, uma letra de Luís Durão



Homenagem a Luís Durão
Homem probo, amigo leal
Luís Durão pertenceu a um grupo mítico de fado lisboeta,
chamado “Os Feiticeiros”
, onde pontuavam João Ferreira Rosa,
João Braga, Ana Rosmaninho e muitos outros. Esses amigos,
trouxe-os ele ao Sardoal, várias vezes, para actuarem nas Festas
de Setembro do início dos anos 70 do século passado. Faleceu em
7 de Novembro último e a sua homenagem póstuma é aqui feita
por Nuno Roldão…
Conheci o Luís na infância, quando ele e os pais
vieram residir no Sardoal na Quinta de S. Bruno (vulgo
Quinta do Carapuço). Foi porém na juventude que a
nossa amizade se fortificou, sobretudo através do Álvaro
Bandeira. Tenho na memória “patuscadas” várias, quer
na quinta, quer noutros locais do Sardoal, feitas com
a rapaziada daquele tempo. Com ele travei conversas
múltiplas, próprias da juventude e da nossa imaturidade.
Com o seu vozeirão tonitruante, bem cedo revelou
ser pessoa muito directa, muito pão-pão, queijo-queijo,
o que nem sempre era bem entendido por terceiros, sobretudo
os adultos. Rosto sempre fechado, um pouco
truculento nos diálogos e até nas atitudes, por vezes
exaltado e brusco, mas nunca lhe vi guardar rancores.
Mais tarde, noutras conversas travadas com ele
e com outros do grupo, já em fase de maturidade, bem
entendi que como cidadão ele pensava que as verdades
não constituíam ofensa, ofensas eram as mentiras. Pensava
e agia desse modo frontal. Pessoa sem artifícios
de postura e de linguagem, inconformista, essa atitude
granjeou-lhe incompreensões, inimizades, ostracismos
e muita amargura.
Mas a verdade é que o Luís Durão era um homem
probo, de coração aberto, amigo leal, solidário
com os outros, embora nunca o aparentasse. Sabia ser
cordial, afável e simpático no trato. Era uma personagem
em conflito consigo próprio. Um dia, ali para os lados de
S. Pedro de Alcântara, em pleno PREC, encontrámo-nos
casualmente, numa manifestação política do PS. Ele tinha
construído uma bandeira com um pano vermelho,
aonde colara o símbolo do PS feito em papel. A bandeira
pregou-a a um pau de vassoura. Era como que uma
sua imagem de marca pessoal. Esta peripécia ficou-me
sempre na memória. Cedo porém, como aconteceu
com muitas pessoas esclarecidas, afastou-se das movimentações
político-partidárias e um dia revelou-me
ser um socialista-libertário, muito próximo do pensador
Bakunine, a quem imitava nas barbas na perfeição. Contei
um dia esse “flash” à mãe, D. Lurdes Durão, que me
disse: “O Nuno não ligue, o Luís é um sonhador, e pensa
que pode endireitar o mundo, o que ele queria era ver
toda a gente feliz”.
Talento na música
Pelo seu temperamento era um “revoltado”
contra o “establishement”. Algumas vezes comentou
comigo as desmedidas desigualdades sociais e a impossibilidade
de o cidadão comum ter voz. Era uma
personalidade em dia com o seu tempo, embora contra
o tempo. No Sardoal era conhecido sobremaneira
pelo seu talento inato na música e para as questões
culturais, que sabia avaliar com a sua formação de economista.
Foi um bom fadista amador e um guitarrista
virtuoso. Faz parte de uma geração de fadistas locais,
entre os quais incluo o meu irmão Ismael Roldão,
o Fernando Vale de Rio Grácio e outros do Sardoal e de
Lisboa, que ocasionalmente se lhes juntavam. Lamentavelmente,
nos últimos doze anos, talvez mais, devido
ao agravamento da sua doença, aliada a outras vicissitudes
da vida que não cabem neste texto, tornou-se
esquivo, fugindo das pessoas, criando uma “muralha”
à sua volta, caindo num quase total isolamento, por
certo tormentoso.
Em 7 de Novembro de 2009, chegou a sua
hora e, provavelmente face ao seu amargor, teria sido
para ele uma libertação, um fim para o seu sofrimento.
É mais um amigo dilecto que parte. Aqueles que,
mesmo de longe, nunca deixaram de o estimar, hão-de
lembrá-lo sempre pela sua espontaneidade, postura
sincera e bondade encapotada. Honraremos pois a sua
memória de homem bom. Sabemos todos que a amizade
genuína entre as pessoas não as liberta daqueles
que faleceram, sabemos também que ele “viverá” connosco.
Mais memórias da nossa memória.
Nuno Roldão
(Foto cedida por Ana Durão, através de Ismael Roldão)
in "O Sardoal", nº 61

sexta-feira, abril 01, 2011

segunda-feira, novembro 30, 2009

quarta-feira, novembro 25, 2009