sexta-feira, agosto 31, 2012

MAX - "Tenho saudades de mim"

De Fernando Peres e de Júlio Proença, Maximiano de Sousa, mais conhecido por MAX, interpreta "Tenho saudades de mim"

...
"Da Madeira trouxe a esperança
do meu sonho de criança
tudo por querer ser assim
Numa saudade esquecida
numa alegria perdida
tenho saudades de mim"

sábado, agosto 18, 2012

sábado, agosto 11, 2012

ANTÓNIO DOS SANTOS - "Recordando"



O fado-balada "Recordando" tem letra e música de A. Veloso R. Camelo e de António dos Santos, que também o interpreta.
A propósito, há por aí quem entenda que chamar "letra" às palavras de um fado é, de algum modo, menorizar um texto que antes devia chamar-se poesia... Pois eu penso absolutamente o contrário - chamar "letra" às palavras de um fado é simplesmente marcar a diferença entre um e outro texto, cujas técnica e finalidade são, por certo, diferentes... Não é este o momento, nem o sítio para me alongar mais sobre o assunto; apenas queria dizer que, em minha opinião, há no Fado imensas letras extraordinárias, que muitos poetas gostariam mesmo de assinar por baixo, e que devem continuar a ser assim designadas, quanto mais não seja para marcar essa diferença essencial entre os textos poéticos...  Em suma, há a poesia, a prosa poética e a letra, que é aquele texto que se escreve para Fado, a isso adequado na sua forma e conteúdo, um modo de escrever e sentir tão português como o Fado, inacessível até a muitos poetas... Por isso, também gosto de dizer "letristas", que é uma forma tão maior, tão mais próxima e genuína de cantar a vida, o dia-a-dia, de celebrar com palavras simples a complexidade dos sentimentos... A letra deste fado-balada é bem o exemplo disso... tão simples, não é? Tentem escrever assim e verão... Talvez pela dificuldade, nunca houve muitos poetas a escrever para Fado; lembro, por exemplo, o David Mourão-Ferreira, além do mais um académico, apenas para vos desafiar a tentarem estabelecer duas (im)possíveis comparações- entre as suas poesias e as suas letras e entre as suas letras e as de João Linhares Barbosa; aí têm no que difere um poeta dum letrista! É que, letristas, apenas portugueses e no Fado. Por isso, deixem que se continue a chamar letra às palavras do fado e letrista a quem as escreve e tenham orgulho nisso, de sermos únicos e tão bons!
Pena é que tenhamos agora tanta falta de letristas e tantos poetas a escrever para fado umas coisas que ninguém percebe porque não dizem seja o que for; nem são letras, nem são poemas, escritos por quem nem sabe ser letrista nem poeta... umas "coisas" que ninguém mais lembra, que nem chegam a entrar no ouvido que, como órgão muito sábio que é, nem sequer as deixa entrar... Por alguma razão andam os fadistas de agora agarrados a repertórios antigos, cantados, recantados, mas sempre a agradar. Essa é que é essa!...


António dos Santos Caio Castanheira, que adoptou o nome artístico de António dos Santos, nasceu no Hospital de São José, freguesia do Socorro, a 14 de Março de 1919. ... (daqui)

sexta-feira, agosto 03, 2012

TUCHA MASCARENHAS - "Xaile franjado"



"...
Não é em traje de baile
que uma fadista de raça
canta a tristeza dum povo

...
Que o xaile da cantadeira
é o supremo baluarte
do Fado de Portugal"

sábado, julho 28, 2012

EURICO PAVIA - "Meu Fado eterno"


Eurico Pavia, natural de Cabeço de Vide - Fronteira, canta o fado desde 1971, tendo actuado em diversas Casas de Fado em Portugal, nomeadamente na "Adega Machado" e na "Adega Mesquita", mas também no estrangeiro - Brasil, Nova Iorque, Dallas, Texas, Bélgica e Holanda; é ainda de assinalar a sua presença, durante uma semana, no certame da Expo 98 e a sua participação em alguns programas televisivos. 
Presentemente, continua a deixar-se ouvir em alguns sítios de fado e, hoje, é aqui lembrado com um fado da autoria de Castro Infante  e de Jorge Fontes - "Meu Fado eterno".


quinta-feira, julho 26, 2012

"O Rouxinol do Minho"

Plat.

Representante do fado de Coimbra na Exposição do Mundo Português, em 1940, ao lado de Ercília Costa, que representou o fado de Lisboa

terça-feira, julho 17, 2012

EMÍLIA REIS - "A Roda da Vida"

Plat.74


Com o fado "A Roda da Vida" lembro e homenageio a fadista Emília Reis, que o interpreta e reparte a autoria do mesmo com Manuel Guiomar. A fadista pertenceu, durante algum tempo, ao elenco do "Timpanas" e, salvo erro, foi a criadora do "Ovelha Negra".

quarta-feira, julho 11, 2012

DARIO DE BARROS

D.L.1963


Plat.74


Com um currículo muito interessante, Dário de Barros, a quem chamaram "o actor do fado", é, porém, pouco ou nada lembrado entre nós...
Aqui fica este vídeo de lembrança e homenagem a mais um famoso "desquecido"
De Frederico de Brito e Lopes Teixeira, Dário interpreta "Deixa que eu cante o meu fado"


sábado, julho 07, 2012

ANA MADALENA - "Sagrada mentira"


Comecei muito nova nas cantigas. Dos 10 aos 18 anos frequentei diversos lugares de Fado, chamado Fado Vadio que se exibia em tasquinhas e associações recreativas. Logo adiante, pela primeira vez cantei acompanhada à guitarra e à viola. Após um programa de rádio (Revelação) em que intervi com grande agrado, decidi profissionalizar-me e a partir daí nunca mais parei de cantar. Aos meus queridos amigos Neca Rafael e Fernando Gomes agradeço o sincero estender de mão que me proporcionaram.

Actuei por todo o país em numerosos espectáculos. Trabalhei em restaurantes típicos de Lisboa, numa dúzia deles e nos mais conceituados então, como na «Severa», no «Timpanas», «Tipóia» e «Fragata Real». Digressei por Angola, Madeira, Espanha e França. Participei em programas de televisão e actuei em casinos, além de ter perpassado por todas as casas típicas do Porto.

Para continuar a ler aqui



"Sagrada mentira", de Jaime Santos e D.R., é o fado que Ana Madalena interpreta, acompanhada por Francisco Carvalhinho, António Chaínho, Carvalhinho Jr. e José Maria Nóbrega.

quarta-feira, julho 04, 2012

MONIZ TRINDADE

Plat.


Moniz Trindade interpreta "O fala-barato", de António José e Martinho d'Assunção. Um tema sempre actual...

Plat.

sexta-feira, junho 22, 2012

NATALINA JOSÉ - "Lisboa minha saudade"


Lembro hoje a actriz e fadista Natalina José, interpretando um tema da autoria de Alexandre Fontes e de Jorge Fontes, acompanhada pelo conjunto de Jorge Fontes e pelo acordeon de Quim Barreiros

segunda-feira, maio 21, 2012

"Elogio à Portuguesa" - RAUL PEREIRA


Um elogio à mulher portuguesa; música e letra de Frederico de Brito
"Do Algarve até ao Minho / Há tanta moça catita / Tanto corpo maneirinho / E tanta cara bonita..."

quarta-feira, maio 02, 2012

FREI HERMANO DA CÂMARA - "O meu fado"


Plateia 64

"Outro caminho", que não o do Fado, terá sido o de Frei Hermano da Câmara, mas a verdade é que continuará sempre presente no "fado que passou, levando agarrado o seu coração"...  
Este é, talvez, dos seus fados, um dos menos conhecidos, mas que, para mim, é um dos melhores, ao lado dos que já lembrei aqui e aqui

 

sexta-feira, abril 27, 2012

ALICE MAYA - "Onde está o Fado"

Plateia

aqui lembrei esta fadista, com o fado da sua preferência.
Hoje, neste espaço, volto a lembrá-la, interpretando "Onde está o Fado", um fado da mesma dupla.

domingo, março 25, 2012

MÁRIO ROCHA - "Ser fadista"


Plat.63


Mário Rocha interpreta, no Fado Triplicado, "Ser fadista", um original de Júlio Vieitas

Porque canto e sei sentir / Quero expandir, definir / Este meu ponto de vista / Não é fadista quem quer / Ter o prazer em aprender / Mas sim quem nasceu fadista //
Os cantadores do passado / Que no Fado deram brado / Tinham valor, tinham garra / Cantavam com devoção / Com vibração no coração / Ao trinar duma guitarra //
Manuel da Mota, o Ginguinhas / Vianinha, o Quintinhas / E os que mais não sei esquecer / Eram fadistas de gema / Tinham por tema este lema / Antes quebrar que torcer //
Outros mais tarde apareceram / Que venceram e fizeram / Do Fado honroso caminho / Não esquecendo a primazia / Da magia que imprimia / Na guitarra o Armandinho //
De tudo que se cantou / Que se passou e adorou / Nesses bons tempos vividos / Só nos ficou por herança / Uma lembrança que alcança / Saudades dos tempos idos

quinta-feira, março 15, 2012

"Sou tua" - FLORA PEREIRA


Plat.1963

Conflito? Não creio!...
Mas prova, de algum modo, o quão importante era, para os Fadistas, o Repertório de cada um. Vivemos hoje outros tempos e, à semelhança de tantas outras coisas, também o Repertório se liberalizou...
Seja como for, este fado "Sou tua" passou a constar como sendo do repertório da Flora Pereira, tal como o "Cigano", do repertório da Berta Cardoso, que também nunca o gravou, passa muitas vezes como sendo do repertório da Ada de Castro. Claro que ninguém se importava que alguém cantasse um fado seu; gravá-lo é que já era outra conversa, porque, nesse tempo, as letras, que constituíam o repertório, custavam dinheiro...


Alguma razão teria a Alice Maria mas, cá por mim, ainda bem que a Flora gravou esse fado... não acham?




terça-feira, fevereiro 14, 2012

Bodas de ouro

Plat.

No Fado,a letra é fundamental; Linhares Barbosa, o "Príncipe dos Poetas", que foi um dos mais talentosos poetas de Fado, brindou os seus amigos, nessa noite, na "Viela", dizendo as "Janelas do rés-do-chão" que aqui lembro na interpretação de Flora Silva.

"Conheço-os bem, ele e ela / Trato-os por tu, sei quem são, / Namoram numa janela / Dum modesto rés-do-chão / O parapeito é baixinho / Tão baixo que dá ensejos / Ao ouvir-se um burburinho / Duma corrida de beijos

Mas se no céu, lá em cima / Surgem da lua as feições / Um parzinho que se estima / Arranja mais uma rima / Uma rima de ilusões

Não há no mundo, talvez / Mais alegre comunhão / Que o namoro português/ Nascido no rés-do-chão

Por esta Lisboa fora / Venham de noite comigo / P'ra ver como se namora / Na moldura dum postigo / Quando as sombras põem negras asas / E as ruas são escuras / A luz que há dentro das casas / É que dá cor às molduras

As janelas são vitrais / Cortinas, rendas de espuma, /As vidraças são cristais / As bocas juntam-se mais / E as duas vidas são uma

Não há no mundo, talvez / Mais alegre comunhão / Que o namoro português / Nascido no rés-do-chão"

domingo, fevereiro 12, 2012

Fernanda Peres - "Gosto de ti"



Plat.



O fado "Gosto de ti" interpretado por Fernanda Peres, a "Miúda do Bairro Alto", a "Joaninha" do filme "Eram 200 irmãos" (1952)

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

quinta-feira, janeiro 26, 2012

quarta-feira, janeiro 18, 2012

"Ordem Nova" - António Mourão



Umas sábias quadras do "poeta popular" António Aleixo, interpretadas, no Fado das Horas, por António Mourão, o quase esquecido "fadista nova vaga" de quem aqui fica o "Retrato de corpo inteiro"



Plat.1965


quinta-feira, janeiro 05, 2012

sábado, dezembro 31, 2011

快樂2012!

A propósito, de propósito, como entenderem... é nossa missão!
Assim,
Se ainda não conhecem, vale a pena ouvir a entrevista e ouvir cantar o Fado em mandarim e em português, por esta tão especial fadista - Cao Bei



(Boa zona!, digo, Boa, Júlia!...)

Fados!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

"Nossa Senhora faz meia"





Com este fado, uma quadra de Augusto Gil, glosada por J. Linhares Barbosa, que Tristão da Silva interpreta numa música de Vianinha, desejo a todos um FELIZ NATAL e Bons Fados!

quarta-feira, dezembro 14, 2011

sexta-feira, dezembro 02, 2011

ANA MARIA e GABINO FERREIRA

Foi com grande alegria que os portugueses, particularmente a comunidade fadista, acolheu a notícia de ter sido o Fado reconhecido como Património da Humanidade;


mas foi com tristeza que, quase em simultâneo, se recebeu a notícia da morte de dois notáveis fadistas, Ana Maria, a fadista negra, e Gabino Ferreira, o último dos da Velha Guarda.


Em anteriores verbetes, no Fadocravo, tive ocasião de lembrar e homenagear um e outra, mas hoje, ao lembrar essas vozes tão fadistas, presto-lhes também uma última homenagem e ao Fado que tanto enriqueceram, cantando-o.








sábado, novembro 26, 2011

DEOLINDA RODRIGUES - "Fado do Emigrante"

Lembrei-me eu agora de relembrar este Fado, agora que até altos responsáveis da Nação sugerem que emigremos ?!... Ora bem! Nós e a nossa valise de cartão... Um povo de emigrantes / imigrantes e migrantes...

Aqui fica , então, o "Fado do Emigrante", de Amadeu do Vale e Jaime Mendes, na interpretação da sua criadora, Deolinda Rodrigues



domingo, novembro 20, 2011

"Nos tempos em que eu cantava" - ALFREDO MARCENEIRO

Presentemente, anda por aí tanta gente a assassinar o Fado, que cada vez mais me apetece apenas ouvir os antigos...

E tantos que renegaram o Fado, tantos que o apoucavam e a quem dele gostava, agora são os maiores, agora todos sempre amaram a Canção Nacional e sabem tudo... Nesse tempo, em que o cachet não era o mais importante, os fadistas reuniam-se e cantavam por gosto; nem interessava a quem dele agora faz filão dourado...; sim, agora que o Fado dá fama e proveito, todos são fadistas...

Parabéns!, mas não deixem de consultar a Fadoteca; pode ser que por lá descubram coisas muito interessantes!...

Entretanto, fiquem-se com este fantástico "Nos tempos em que eu cantava", de Fernando Teles e de António Rosa Sapateiro, na interpretação maior do nosso Alfredo Marceneiro.